Libertar o corpo e usufruir realidade.
Poder infinito de todos.
Poder utilizado por poucos.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
A culpa é minha (e eu já sabia).
Era longe, mas fomos, eu e minha senhora. Afinal, tratava-se do chá-de-fralda do (então “Ervilha”, hoje Francisco) filho do Bruno, também colaborador deste espaço e, coincidentemente ou não, meu melhor amigo. Nem mesmo eu, rei do furo, conseguiria perder este compromisso por conta de minhas recorrentes mesquinharias. Apesar da distância, ignorei o desafio e parti para Pendotiba, na garupa de “Dionísio”.
E foi no aprazível evento para incentivar doações de fraldas para seu rebento, à época ainda por nascer, que formalizei o clamor por este ponto de reflexão e expressão com toda a rationalization-tion (em geral persuasiva) que me constitui, direcionando a proposta de parceria para sujeitos que, especialmente, admiro. Em minha argumentação já semi-ébria e ainda despretensiosa, bastariam uns poucos minutos por semana, alguma intimidade com as letras e a fluência nas teorias de liberalização virtuosa do mundo (que, com absoluto esmero, lapidamos em todos esses anos de bares e afins) para que materializássemos a “Prosa da Semana”. “Não custa nada”, eu insistia. Os atributos necessários para tanto, todos os quatro tínhamos, e tal...
De fato, era um sonho antigo (o de escrever de forma colaborativa), mas, naquele momento, tratava-se de puro blá-blá-blá, palavras ao léu, simples lero-lero. Jamais mentalizei como realizar isso. E fui pego de surpresa pela iniciativa do Mateus, que, debaixo de seu telhado vivo, tratou dos trâmites burocrático-cibernéticos, batizou o blog e o colocou no ar poucos dias depois daquela conversa. A partir dali, sim, idealizei, ainda que de forma nebulosa e imprecisa, o que gostaria que fosse feito desse espaço.
Mas comecei – eu mesmo – me perdendo em longos e enfadonhos relatos, e me decepcionando com o pseudônimo de um, a digitação erradia do outro... Quando o Bruno colocou no ar o texto repassado pelo tio, desisti precocemente de esperar por melhorias. Acreditei que o espaço havia inexistido, atrofiado por sua própria falta de rumo: gigantesca serpente perdida em si, dedicada a dar-se nós. De lá pra cá, nem ler, lia. Como de costume, desisti sem muito alarde. Como de costume, fugia.
Hoje, por curiosidade quase sádica (comigo), revisitei o espaço. E gostei muito do que vi. Minha birra era, afinal, mais um mero fricote auto-paralizante – dentre tantos. Coisa de quem não acredita-se. Mas, sinceramente? Cansei de não acreditar em mim. Em nós! Nunca quis ser pop, para nada. Não é meu Eu verdadeiro quem quer sê-lo na escrita. É o outro: parte de mim também, mas uma parte pior, que não merece qualquer grau de soberania...
Claro que ainda acho que o mundo está errado por não valorizar minhas características positivas. Ainda me ressinto de que não haja um emprego em que me paguem o mesmo (ou mais, porque não!?) que me pagam na burocracia, onde adentrei por concurso desesperado, para escrever algumas crônicas e criar algumas vinhetas por mês. Mas, quer saber? Renovo o foda-se tudo, mas agora compreendo seu significado mais profundo. E isso aprendi aqui, neste espaço que COMPARTILHO.
E foi no aprazível evento para incentivar doações de fraldas para seu rebento, à época ainda por nascer, que formalizei o clamor por este ponto de reflexão e expressão com toda a rationalization-tion (em geral persuasiva) que me constitui, direcionando a proposta de parceria para sujeitos que, especialmente, admiro. Em minha argumentação já semi-ébria e ainda despretensiosa, bastariam uns poucos minutos por semana, alguma intimidade com as letras e a fluência nas teorias de liberalização virtuosa do mundo (que, com absoluto esmero, lapidamos em todos esses anos de bares e afins) para que materializássemos a “Prosa da Semana”. “Não custa nada”, eu insistia. Os atributos necessários para tanto, todos os quatro tínhamos, e tal...
De fato, era um sonho antigo (o de escrever de forma colaborativa), mas, naquele momento, tratava-se de puro blá-blá-blá, palavras ao léu, simples lero-lero. Jamais mentalizei como realizar isso. E fui pego de surpresa pela iniciativa do Mateus, que, debaixo de seu telhado vivo, tratou dos trâmites burocrático-cibernéticos, batizou o blog e o colocou no ar poucos dias depois daquela conversa. A partir dali, sim, idealizei, ainda que de forma nebulosa e imprecisa, o que gostaria que fosse feito desse espaço.
Mas comecei – eu mesmo – me perdendo em longos e enfadonhos relatos, e me decepcionando com o pseudônimo de um, a digitação erradia do outro... Quando o Bruno colocou no ar o texto repassado pelo tio, desisti precocemente de esperar por melhorias. Acreditei que o espaço havia inexistido, atrofiado por sua própria falta de rumo: gigantesca serpente perdida em si, dedicada a dar-se nós. De lá pra cá, nem ler, lia. Como de costume, desisti sem muito alarde. Como de costume, fugia.
Hoje, por curiosidade quase sádica (comigo), revisitei o espaço. E gostei muito do que vi. Minha birra era, afinal, mais um mero fricote auto-paralizante – dentre tantos. Coisa de quem não acredita-se. Mas, sinceramente? Cansei de não acreditar em mim. Em nós! Nunca quis ser pop, para nada. Não é meu Eu verdadeiro quem quer sê-lo na escrita. É o outro: parte de mim também, mas uma parte pior, que não merece qualquer grau de soberania...
Claro que ainda acho que o mundo está errado por não valorizar minhas características positivas. Ainda me ressinto de que não haja um emprego em que me paguem o mesmo (ou mais, porque não!?) que me pagam na burocracia, onde adentrei por concurso desesperado, para escrever algumas crônicas e criar algumas vinhetas por mês. Mas, quer saber? Renovo o foda-se tudo, mas agora compreendo seu significado mais profundo. E isso aprendi aqui, neste espaço que COMPARTILHO.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Sinceridade, obscuridade.
To num processo de troca de local de trabalho e infelizmente, pra que eu saia, tudo teve que ser feito na surdina, escondido, saca? Eu sempre relutava.......tinha medo de enviar o email pra mulher daqui do Rio......"será que tão monitorando essa merda?" Sempre pensava.
Tenso....tenso.....
Caçaroletas flamejantes! Fiquei na Gerência de Niterói 5 anos. Nunca trabalhei no mesmo município que moro. Nos últimos dois dei meu sangue naquela porra. Custava os caras quererem me ajudar mesmo? Sinceramente....essa porra me magoa, brother!
Mas não. O entrave (sabe-se lá quando) criado pela politicagem interna, resultado de toda essa imundice que são os partidos políticos e seus escusos acordos por debaixo dos panos, não permite que o "olho no olho", o companheirismo, o altruísmo, sequer sejam citados como palavras possíveis de serem colocadas na mesa na atual administração.
Por exemplo: os caras nunca vão se ligar e trocar uma idéia sincera, de como é possível uma parceria entre eles.....decretam-se antes mesmo de falarem pela primeira vez, de lados opostos, sempre se enxergarão como inimigos mortais. Competidores. Nunca, colaboradores.
É inacreditável que não consigam propor novas ações, não saem da mesmice....por mais que pareça absurdo.....a própria competição os impede de ver adiante.
A sede da falsa corrida em direção ao pote, ofusca.
Ofuscados, se afogam no mar da prostração.
E seu pequeno sucesso, pro coletivo, morre imaturo.
E por menos que quizessem, prejudicam uma caralhada de gente!
Contra fatos, não há argumentos.
Ao menos não nesse caso.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Fudeu ou foda-se?
O discurso do fudeu é tão ou mais perigoso do que o foda-se.
É como num barco, fudeu o barco vai afundar, então não adianta nada, é só aproveitar ao máximo o momento antes de morrer afogado.
O discurso do foda-se, não vou fazer nada para evitar que o barco afunde. No fundo é a mesma coisa só que no primeiro existe uma justificativa que te salvará e no segundo você assume que não está disposto a se mobilizar.
Fudeu porra nenhuma, foda-se é o caralho. Ainda dá tempo de tudo, de todos e ainda sobra pra ficar de verme vendo o pôr do sol.
Tudo se conecta mas a rotina se realiza em poucos metros quadrados e entre poucas pessoas. O global é o intocável, é o movimento que é maior do que qualquer um.
Tudo foi construido com força e sorte e estas condições continuam ai. A embriaguez babilônica vem, de deixa de bobeira, mas daqui a pouco o sol te queima a cara o frio te doi na ponta dos pés e a gente se agita pra melhorar. Não tem KO o impossível é o que eu não preciso, todo o resto é possível.
É como num barco, fudeu o barco vai afundar, então não adianta nada, é só aproveitar ao máximo o momento antes de morrer afogado.
O discurso do foda-se, não vou fazer nada para evitar que o barco afunde. No fundo é a mesma coisa só que no primeiro existe uma justificativa que te salvará e no segundo você assume que não está disposto a se mobilizar.
Fudeu porra nenhuma, foda-se é o caralho. Ainda dá tempo de tudo, de todos e ainda sobra pra ficar de verme vendo o pôr do sol.
Tudo se conecta mas a rotina se realiza em poucos metros quadrados e entre poucas pessoas. O global é o intocável, é o movimento que é maior do que qualquer um.
Tudo foi construido com força e sorte e estas condições continuam ai. A embriaguez babilônica vem, de deixa de bobeira, mas daqui a pouco o sol te queima a cara o frio te doi na ponta dos pés e a gente se agita pra melhorar. Não tem KO o impossível é o que eu não preciso, todo o resto é possível.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
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