Agora me encontro aqui, dando números, notas, avaliando matemáticamente pessoas. Quer merda não?
Pense na diferença entre um 7,5 e um 8,5?
Outro dia estava na sala e duas meninas sairam na porrada. Porrada mesmo, soco, olho rocho e tal. Meia hora antes duas tinha brigado no refeitório, corte no rosto, muitos alunos gritando, exitados com o movimento.
Porra que número eu dou pra isso? Como os números dão conta disso?
O objetivo dessa merda é saber o que a China produz? Como foi a colonização dos EUA?
To subvertendo essa porra, minhas contas são lisérgicas. O trabalho? Entrega alguma coisa.Quando? Quando ficar pronto, infelizmente tem que ser antes da data que eu tenho que colocar a porra dos números.
A escola é uma montanha russa de emoções. De um lado histórias que te fazem considerar qualquer problema seu um coco de preá. De outro lírios, poesia, amor e aprendizado.
Tomara que não dê merda e que eu possa continuar recebendo meu salário.
Corda bamba de emoções:
ResponderExcluirProfessor tenta realizar suas crenças entre crianças incrédulas.
No não-nexo de informações obtusas, vê flores brotando em pontapés voadores.
Pára para pensar. Pensa no salário.
Vê-se vendido, porém cônscio.
Morto-vivo ululante, de pescoço algemado, trama revoluções sob métodos inexplicáveis.
Brilha.
E de seu brilho nascem trovões.
Trovões mais poderosos que milhares nas ruas.
Borboleta bate asas mudando o universo para todo sempre.
É radical, não há volta. Vontade exercida.