sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Números

Agora me encontro aqui, dando números, notas, avaliando matemáticamente pessoas. Quer merda não?
Pense na diferença entre um 7,5 e um 8,5?
Outro dia estava na sala e duas meninas sairam na porrada. Porrada mesmo, soco, olho rocho e tal. Meia hora antes duas tinha brigado no refeitório, corte no rosto, muitos alunos gritando, exitados com o movimento.
Porra que número eu dou pra isso? Como os números dão conta disso?
O objetivo dessa merda é saber o que a China produz? Como foi a colonização dos EUA?
To subvertendo essa porra, minhas contas são lisérgicas. O trabalho? Entrega alguma coisa.Quando? Quando ficar pronto, infelizmente tem que ser antes da data que eu tenho que colocar a porra dos números.
A escola é uma montanha russa de emoções. De um lado histórias que te fazem considerar qualquer problema seu um coco de preá. De outro lírios, poesia, amor e aprendizado.
Tomara que não dê merda e que eu possa continuar recebendo meu salário.

Um comentário:

  1. Corda bamba de emoções:
    Professor tenta realizar suas crenças entre crianças incrédulas.
    No não-nexo de informações obtusas, vê flores brotando em pontapés voadores.
    Pára para pensar. Pensa no salário.
    Vê-se vendido, porém cônscio.
    Morto-vivo ululante, de pescoço algemado, trama revoluções sob métodos inexplicáveis.
    Brilha.
    E de seu brilho nascem trovões.
    Trovões mais poderosos que milhares nas ruas.
    Borboleta bate asas mudando o universo para todo sempre.
    É radical, não há volta. Vontade exercida.

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